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GALINHAS BRASILEIRAS

Publicado em: Quarta-feira, 17 de Maio de 2017

Pesquisadores da UD viajam ao Brasil para estudar estresse térmico em aves

Blair Schneider, estudante de graduação da Universidade de Delaware, passou um tempo no Brasil no início deste ano coletando amostras de galinhas para ajudar na pesquisa que busca ver se há algo geneticamente que permite às aves brasileiras lidar melhor com o estresse térmico do que os frangos de corte americanos.

A pesquisa está sendo liderada na UD por Carl Schmidt, professor e cientista do genoma do Departamento de Ciências Animais e Alimentares da Faculdade de Agricultura e Recursos Naturais , e faz parte de um programa de cinco anos no valor de US$ 4,7 milhões do Instituto Nacional de Alimentação e Agricultura ( NIFA) para mudanças climáticas para um projeto intitulado “Adaptação da produção de frangos às mudanças climáticas por meio da criação”, que também inclui a Universidade Estadual de Iowa e a Universidade Estadual da Carolina do Norte.

Com os pesquisadores já tendo amostrado aves na Tanzânia, Uganda , Quênia e Ruanda, Schneider, graduado em ciências biológicas na Faculdade de Artes e Ciências, disse que o grupo queria observar galinhas sul-americanas ao longo da mesma linha equatorial para ver se houvesse alguma semelhança com os seus homólogos africanos.

“Colhemos amostras de sangue e vamos sequenciar o genoma para ver quais genes se sobrepõem entre as aves africanas e as aves sul-americanas. Nós levantaríamos a hipótese de que esses [genes sobrepostos] se devem ao calor e ao estresse térmico ou à aclimatação ao calor”, disse Schneider.

Se os pesquisadores conseguirem identificar esses genes sobrepostos, poderão ser capazes de criar genes potencialmente benéficos na linhagem moderna de frangos de corte diante das ondas de calor.

Para coletar as amostras, os pesquisadores foram orientados por Matheus Reis, pós-doutorado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Jaboticabal, Brasil, que também passou um ano na UD. Reis ajudou os pesquisadores a coletar amostras e os conectou com um agricultor local chamado Mário Irineu Salviato.

A fazenda onde Salviato trabalhava tinha 150 raças diferentes de frangos e os pesquisadores coletaram 200 amostras de sangue de diversas raças, como aquelas conhecidas como Músicos Brasileiros pelo tanto que cantam.







Qualquer um poderia simplesmente pegar um lenço de papel de uma amostra e extraí-lo, mas você terá uma nova apreciação ao coletá-lo você mesmo

-BLAIR SCHNEIDERSÊNIOR, COM ESPECIALIZAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Além de coletar as amostras, Schneider disse que gostou de poder vivenciar a cultura brasileira. 

“Mesmo nos momentos em que não estava colecionando, sentia que estava aprendendo muito. Visitamos a UNESP também e pude fazer uma apresentação lá e depois alguns alunos de lá fizeram apresentações, e foi um compartilhamento bacana de projetos e discussões científicas”, disse Schneider.

Schneider disse que gosta de fazer trabalhos de genética porque gosta de entender como as coisas funcionam até o nível mais básico.

“Minha mente está no nível do gene. Por isso queria estudar genética, mas quando entrei neste laboratório o Dr. Schmidt me fez passar por todo o processo de coleta das amostras e também de análise dos dados e por isso tenho um imenso apreço por todo o processo”, disse Schneider. “Qualquer um poderia simplesmente pegar um tecido de uma amostra e extraí-lo, mas você terá uma nova apreciação ao coletá-lo sozinho.”

Já no último ano, Schneider está se preparando para fazer pós-graduação e disse que está interessada na genética por trás da diferenciação das células-tronco.

“Mas estou disposto a mudar. Eu sou flexível. Se consigo encontrar interesse em algo, é muito fácil me apaixonar por isso”, disse Schneider.

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Fonte (english version):  Udel



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